domingo, 25 de setembro de 2011

Peep Toe


O peep toe 

É um tipo de escarpim que deixa um pedaço dos dedos para fora. Criados nos anos 1940 viraram febre na década seguinte, foi moda novamente nos anos 1980 e continuam fazendo a cabeça — e os pés — da mulherada. Os modelos estão aí em verniz, "couro de cobra", com salto Anabela ou estampas animais. E são extremamente versáteis.
"É possível achar desde modelos mais sérios e comportados até os mais coloridos. E eles combinam com qualquer tipo de roupa, basta calçá-los com bom senso", diz a consultora de moda Roberta Bourguignon. Além de ser um charme, ele deixam a produção impecável. Acompanhe as dicas da consultora para combinar o modelo perfeitamente e aproveite a moda para colocar os dedinhos de fora!
Quando cai bem?
Sabe aqueles dias de calor em que você precisa estar impecável? O peep toe é a solução. Aberto na frente, ele deixa o pé respirar e mantém a elegância da produção.
Com que combina?
Esse tipo de sapato vai bem com quase tudo, das calças retas e compridas às corsários; das saias lápis às com babado. O modelo fica perfeito com roupas que também tenham um estilo retro, como um vestido de renda. Mas também vale ousar e combiná-lo com roupas mais estruturadas. Especialmente os coloridos.

Fica bom?
Como é decotado e sem bico, o peep toe alonga a silhueta e é perfeito para as mais baixinhas.
O que evitar?
Evite combinar peep toe com calças largas e saias longas, que não ficam bem com sapatos de bico arredondado (no lugar, use um escarpim).

Alguma recomendação?
Se você é gordinha, use salto mais grosso, que combina melhor com suas formas.

Pode usar com meia?
Sim! Se der aquele medinho de experimentar, tente ousar com uma meia-calça fio 40, preta ou fumê, sem costura na ponta. Fica uma produção arrasadora.
Usen e abusen desta maravilha feminina.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Estilo, sim: mas qual? (Danuza leão)


Estilo, sim: mas qual?

Passei parte da vida lendo revistas de moda tentando seguir seus mandamentos, e o que aprendi até hoje – além de saber que às vezes as saias estão mais ou menos curtas – é que o fundamental é encontrar seu próprio estilo; só que, por mais que tenha me esforçado, até hoje isso não me aconteceu. Afinal, qual é o meu estilo? Quando vejo um filme na TV, com a atriz de franjona, pego uma tesourinha e corro para a frente do espelho para cortar a minha. Na semana seguinte, vejo outro e já providencio um megahair para alongar a mesma franja. Enlouqueço quando vejo as vamps dos anos 1950, adoro um longo vermelho de Valentino, acho Audrey Hepburn a mulher mais elegante que já existiu, mas também não resisto a um jeans com botas de cobra, bem Brigitte Bardot (ou chacrete, se preferirem). Passo temporadas morta de fome, só tomando água, para ficar magra; quando canso, decreto que mulher de verdade deve ser um pouco mais cheinha, caio de boca no chocolate e depois, desesperada, passo a comer só aos domingos. A vida é muito complicada.
Na verdade, para se ter um estilo é preciso saber quem se é, e aí a coisa vai ficando mais difícil. Acho que para saber mesmo quem eu sou, só perguntando a um analista, mas, como já passei por vários e ainda não me encontrei, talvez não seja por aí. Será que nasci para me vestir na alta-costura ou prefiro um jeans com camiseta? Sapatos do designer francês Louboutin ou tênis Adidas? Afinal, qual é meu estilo? Confesso que não sei.
É que nós, mulheres, nunca somos uma só. Um dia queremos sair “vestidas para matar”, já no outro dia de pretinho básico e colar de pérolas, chiquérrimas, na semana seguinte incorporamos uma alta executiva, e, dependendo do namorado do momento, trocamos a decoração da casa, o time de futebol, viramos chef de cozinha. E isso lá é ter estilo? Claro que não. Pensei em contratar uma personal stylist, mas se eu, que me conheço há tanto tempo, não sei quem sou, como é que ela vai saber? Talvez um anúncio desse resultado: “Procura-se um estilo”. Isso me faz lembrar de um amigo, casado com uma atriz que toda manhã lhe perguntava: “Quem você quer que eu seja hoje?” Eu já tive vários estilos: fui elegante, um pouquinho hippie, esportiva, já usei salto 12, aos 17 anos passava pancake e batom vermelho desde a manhã, já fui ruiva, morena, fui loura, segui a moda, contestei a moda, e, se para ter estilo é preciso ser fiel a ele a vida toda, a única pessoa que realmente tem estilo no mundo é Elke Maravilha. Ela é ainda mais: é estilosa.
Estilo tem a ver com personalidade, e acho que meu problema é ter várias: às vezes sou feminista, às vezes machista, às vezes a favor do casamento, às vezes contra, e assim tem sido minha vida. Há quem diga que quem tem muitas personalidades não tem nenhuma, assim como quem tem vários estilos não tem nenhum, mas já me conformei e estou feliz assim. Penso que passar a vida com um estilo só deve ser monótono; não tenho estilo, mas me divirto muito.

PARA ENTENDER OS OUTROS - Danuza leão


Para entender os outros




Viver é complicado? É, um pouco. E como tornar a vida mais fácil? Entre outras coisas, aprendendo que todos nós temos um código e, quando passamos a conhecer o nosso, e o dos outros, tudo fica mais suave. Dentro da família podemos ter mãe, pai, dois irmãos, três tias, cinco primas, marido, filhos... É preciso entender o idioma de cada um para não viver num planeta em que cada pessoa fala uma língua diferente. Sabe quando você ouve no telefone a frase “então te ligo; quem sabe a gente vai jantar?”. Pois isso talvez queira dizer várias coisas: pode ser apenas uma desculpa para desligar o telefone, pois o assunto não está interessando; pode ser que a pessoa esteja esperando uma ligação e não queira ocupar a linha; pode ser que tenha começado o telejornal, e mais 300 razões diferentes, algumas inimagináveis. Os horários, por exemplo: um encontro marcado para nove da noite pode significar nove e meia; entre dez e meia e onze; e em alguns casos até nove horas mesmo. Agora, se você conseguir decodificar o idioma da pessoa, não vai se irritar de ficar esperando duas horas, porque já sabe que, quando ela diz nove, está querendo dizer onze, certo? São essas filigranas que desgastam a relação e você deve fazer todos os esforços para evitar que isso aconteça.
Um capítulo sujeito a muitos mal-entendidos é o do amor. Quando um homem diz “eu te amo”, é possível traduzir isso de umas 500 maneiras, só que as mulheres costumam ouvir sempre da mesma. A mais frequente é ele dizer um “eu te amo” e ela ouvir um “quero me casar com você”, sendo que a maior parte das vezes ele diz “eu te amo” querendo dizer “quero transar com você”. Complicado? Nem tanto; apenas uma questão de tradução. Essa declaração de amor pode também querer dizer que ele está te amando profundamente naquele momento, e não que esteja propondo fundar um lar. E dependendo de quantos copos de vinho ele tiver tomado, da luz e da música que estiver tocando, pode até pintar uma proposta de morarem juntos, o que não quer dizer que você deva levar ao pé da letra. E é melhor mesmo que não leve. Mas as mulheres adoram ser pedidas em casamento, e a qualquer sinal de vitória – porque é uma vitória – passam a amarrar a coisa. Costumam começar com um “na sua casa ou na minha?” e, dependendo, mais uma vez, de estarem na segunda ou terceira garrafa de vinho, dali meia hora ela já está falando na decoração, se vão usar o mesmo computador ou se é melhor cada um ter o seu. Quanto a ele – todos sabem que o álcool provoca amnésia, principalmente no homem. Ele sai todo lampeiro, volta para seu adorado espaço, a coisa mais preciosa que acha que tem, e vai ficar surpreso quando telefonar na quarta-feira perguntando “vamos pegar um cineminha?”, e ela atender de mau humor. Se um dia homem e mulher falarem a mesma língua podem começar a se entender. Mas nem todas as coisas têm de ser traduzidas, porque aí pode ficar tudo tão sem graça que o amor desapareça da face da Terra
.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

VERÃO 2012




A saia longa já não é mais questão, voltou com tudo este verão. O que eu mais gosto do modelo de cima é a estampa de oncinha cor de rosa, acho pop e divertida. A camisa tem uma manga estruturada bem legal e um monte de pences que a deixam bem certinha no corpo, ótima para aquele "tcham"no visual do dia a dia

O PODER DA MÚSICA


O poder da música

SORRISO DE DEUS

Todos os dias  assim que acordo, antes de fazer qualquer coisa...rsrsrsrs), eu ligo o rádio (104fm) para ouvir  música. 
Descobri que além de acalmar o espírito afasta também maus pensamentos. Aqueles que parecem uma praga que insiste em te perseguir (coisas que você quer esquecer e não consegue). Falo da boa música, com melodia, com letras que são poesias belíssimas seja de que ritmo for. Que te fazem parar para refletir ou simplesmente curtir.

Tem dias que a frustração toma conta de mim pelo tempo que espero que coisas que eu desejo tanto aconteçam e não acontecem, independente do que eu faça, aí eu OUÇO MÚSICA.

Tem dias que acordo tão feliz que não sei nem o porque de tanta felicidade. Aí então faço algo diferente: Ouço mais música. Graças a Deus esses dias são mais frequentes do que os de angústia e frustração. Geralmente me permito ficar down um dia e nos outros é bola pra frente. Não tenho tempo para curtir minhas dores pois tenho muito o que fazer. Antes quando era jovem pensava que morrer aos 50 anos estava de bom tamanho, hoje aos 53 mudei de idéia completamente, não quero morrer como Leonardo da Vinci que lamentava o tanto de trabalho inacabado que deixava. Quero ter tempo para fazer tudo aquilo que sempre sonhei para mim. Tenho muita vida dentro de mim e tenho pressa para viver! É estranho essa coisa de idade, não sinto a idade que tenho lembro apenas quando me perguntam.

A música é um excelente remédio para a alma e o coração. É movida por ela que consigo fazer as tarefas cotidianas que eu não gosto (domésticas). É um quadro muito hilário: a música rolando solto (rsrsrs)vou fazer as benditas tarefas (às vezes até dançando, quando dá), aí não escuto nada, nem o telefone tocando, nem alguém chamando e é simplesmente maravilhoso: desligo o mundo e fica só eu e a música, nem me dou conta daquele trabalho entediante. É um trabalho ingrato pois não acaba nunca. Tem gente que gosta, eu não, faço, às vezes pago pra fazerem. 

Cora Coralina


MULHERES GUERREIRAS: Cora Coralina.


Cora Coralina, iniciou sua carreira de escritora aos 76 anos. Muitos devem pensar que era impossível.

Cora Coralina - Fonte: paralerepensar.com.br

Cora Coralinapseudônimo de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, (Cidade de Goiás20 de agosto de 1889 — Goiânia10 de abril de 1985) foi uma poetisa e contista brasileira. Cora Coralina, uma das principais escritoras brasileiras, publicou seu primeiro livro aos 76 anos de idade.[1]
Mulher simples, doceira de profissão, tendo vivido longe dos grandes centros urbanos, alheia a modismos literários, produziu uma obra poética rica em motivos do cotidiano do interior brasileiro, em particular dos becos e ruas históricas de Goiás.

Fonte: wikipédia 

Segundo Gabriel Chalita: Cora Coralina superou todas as adversidades, e não foram poucas, e "rezou a saga da mulher vitoriosa" em seu livro Cartas entre Amigos. Ediouro, 2009, pg. 14.

Transcrevo aqui DUAS de suas poesias:

"Ajuntei todas as pedras
que vieram sobre mim.

Levantei uma escada muito alta
e no alto subi.

Teci um tapete floreado
e no sonho me perdi.


Uma estrada,
um leito,
uma casa,

um companheiro.
Tudo de pedra.


Entre pedras
cresceu a minha poesia.
Minha vida...
Quebrando pedras
e plantando flores.

Entre pedras que me esmagavam

levantei a pedra rude
dos meus versos."

Do livro Cartas entre amigos.


Sou mulher como outra qualquer.
Venho do século passado
e trago comigo todas as idades.

Nasci numa rebaixa de serra
Entre serras e morros.
“Longe de todos os lugares”.
Numa cidade de onde levaram
o ouro e deixaram as pedras.

Junto a estas decorreram
a minha infância e adolescência.

Aos meus anseios respondiam
as escarpas agrestes.
E eu fechada dentro
da imensa serrania
que se azulava na distância
longínqua.

Numa ânsia de vida eu abria
O vôo nas asas impossíveis
do sonho.

Venho do século passado.
Pertenço a uma geração
ponte, entre a libertação
dos escravos e o trabalhador livre.
Entre a monarquia caída e a república
que se instalava.

Todo o ranço do passado era presente.
A brutalidade, a incompreensão, a ignorância, o carrancismo.
Os castigos corporais.
Nas casas. Nas escolas.
Nos quartéis e nas roças.
A criança não tinha vez,
Os adultos eram sádicos
aplicavam castigos humilhantes. 

Tive uma velha mestra que já
havia ensinado uma geração
antes da minha.
Os métodos de ensino eram
antiquados e aprendi as letras
em livros superados de que
ninguém mais fala.

Nunca os algarismos me
entraram no entendimento.
De certo pela pobreza que marcaria
Para sempre minha vida.
Precisei pouco dos números.

Sendo eu mais doméstica do
que intelectual,
não escrevo jamais de forma
consciente e racionada, e sim
impelida por um impulso incontrolável.
Sendo assim, tenho a
consciência de ser autêntica.

Nasci para escrever, mas, o meio,
o tempo, as criaturas e fatores
outros, contra-marcaram minha vida.

Sou mais doceira e cozinheira
Do que escritora, sendo a culinária
a mais nobre de todas as Artes:
objetiva, concreta, jamais abstrata
a que está ligada à vida e
à saúde humana.

Nunca recebi estímulos familiares para ser literata.
Sempre houve na família, senão uma
hostilidade, pelo menos uma reserva determinada
a essa minha tendência inata.
Talvez, por tudo isso e muito mais,
sinta dentro de mim, no fundo dos meus
reservatórios secretos, um vago desejo de analfabetismo.
Sobrevivi, me recompondo aos
bocados, à dura compreensão dos
rígidos preconceitos do passado.

Preconceitos de classe.
Preconceitos de cor e de família.
Preconceitos econômicos.
Férreos preconceitos sociais.

A escola da vida me suplementou
as deficiências da escola primária
que outras o destino não me deu. 

Foi assim que cheguei a este livro
Sem referências a mencionar.

Nenhum primeiro prêmio.
Nenhum segundo lugar.

Nem Menção Honrosa.
Nenhuma Láurea.

Apenas a autenticidade da minha
poesia arrancada aos pedaços
do fundo da minha sensibilidade,
e este anseio:
procuro superar todos os dias
Minha própria personalidade
renovada,
despedaçando dentro de mim
tudo que é velho e morto.

Luta, a palavra vibrante
que levanta os fracos
e determina os fortes.

Quem sentirá a Vida
destas páginas...
Gerações que hão de vir
de gerações que vão nascer.
(Meu Livro de Cordel, p.73 -76, 8°ed, 1998) 

Do site: Paralerepensar


Esta é a diferença entre o que pensam de nós e o que realmente somos. A história de Cora é triste e nem por isso serviu de limitação para a sua capacidade. Dentro de cada ser humano existe uma força imperceptível aos olhos de quem não consegue enxergar com o coração. Uma frase linda de Saint-Exupéry exemplifica muito bem o que não me canso de dizer: O ESSENCIAL É INVISÍVEL AOS OLHOS. Infelizmente são poucos os que sabem enxergar, a maioria só consegue ver. A perfeira ilustração de que o preconceito e os estereótipos causam ao ser humano.

Para desgosto dos preconceituosos e míopes (nunca se ouve falar o nome dos que colocam as pedras porque são apenas: PEDRAS) a força que emana de seres guerreiros é capaz de superar todas as adversidades e, ainda mais, brilhar como nunca pelo desafio proposto. Um dia serei como Cora pois já estou juntando as pedras...