quarta-feira, 22 de junho de 2011

A GRAMA DO VIZINHO

07FEV
Um amigo me mandou um texto de Martha Medeiros outro dia que achei bem interessante. o?
Aqui uma parte desse texto:
‘As festas em outros apartamentos são fruto da nossa imaginação, que é infectada por falsos holofotes, falsos sorrisos e falsas notícias. Os notáveis alardeiam muito suas vitórias, mas falam pouco das suas angústias, revelam pouco suas aflições, não dão bandeira das suas fraquezas, então fica parecendo que todos estão comemorando grandes paixões e fortunas, quando na verdade a festa lá fora não está tão animada assim.
Ao amadurecer, d escobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco, com motivos pra dançar pela sala e também motivos pra se refugiar no escuro, alternadamente. Só que OS MOTIVO PRA SE REFUGIAR NO ESCURO RARAMENTE SÃO DIVULGADOS. Pra consumo externo, todos são belos, sexys, lúcidos, íntegros, ricos, sedutores. “Nunca conheci quem tivesse levado porrada/ todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo”. Fernando Pessoa também já se sentiu abafado pela perfeição alheia, e olha que na época em que ele escreveu estes versos não havia esta overdose de revistas que há hoje, vendendo um mundo de faz-de-conta.
Nesta era de exaltação de celebridades,  reais e inventadas,  fica difícil mesmo achar que a vida da gente tem graça.’

Sabemos que a natureza humana é curiosa, de se questionar e nunca estar satisfeita…que com o mundo virtual as coisas estão ficando cada v ez mais rápidas e (infelizmente) menos profundas. Mas podemos não compactuar com isso e assim começar a dar mais valor às pequenas coisas da vida, aos momentos de PAZque temos dentro de casa com nossos companheiros ou amigos. Somente essas coisas podem preencher o vazio que toma nossas almas por não sabermos ao certo o sentido de nossas vidas…nem se teremos alguma continuação ou avaliação para isso tudo.
 
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